Em 31 de agosto de 1939, um gibi com cores vibrantes e papel vagabundo chegou às bancas americanas sem muitas pretensões. Nem número a edição tinha, apenas o mês “outubro” impresso em branco.
O exemplar custava 10 cents e prometia “Ação, Mistério e Aventura”.
Na capa de fundo azul, um homem em chamas vermelhas atravessava um cofre e recebia um tiro no peito sem nada sentir. Seu nome era Tocha Humana, o primeiro personagem de uma lista incluída na capa – os demais eram Anjo, Príncipe Submarino, Cavaleiro Mascarado e Ka-Zar.
A revista chamava-se “Marvel Comics”, um título que, impresso em amarelo vivo, entraria para a História.70 anos depois, a Disney anuncia que comprou a editora daqueles quadrinhos, que nem redação tinha naqueles primeiros dias, por US$ 4 bilhões.
É uma história fantástica, de riquezas assombrosas e artistas pobres, pouca magia, muita sorte, má administração e belíssimas páginas de arte. Foram 70 anos de muita ação de bastidores, traições, reviravoltas, agenda política, coincidências, quatro guerras, personagens secretos e verdadeiros heróis esquecidos.
O longo prólogo é praticamente a história da indústria dos quadrinhos americanos e os desdobramentos tiveram um impacto que mudou não apenas os quadrinhos, mas o cinema, a indústria do entretenimento e a própria cultura ocidental.
Alguma dia, ainda farão um filme disso.
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